O CRIME ORGANIZADO E AS QUESTÕES DE IDENTIDADE

Autores

  • Bruno Romanelli Teixeira
  • Manoel Francisco Guaranha

Palavras-chave:

Crime organizado, Sistema prisional, Identidade, PCC

Resumo

O presente artigo discute as relações entre o crime organizado e as questões da busca de identidade de certas parcelas da população que são marginalizadas pelo sistema. Nesse sentido, apresenta como um exemplo significativo as circunstâncias em que surgiu a facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC, dentro do próprio sistema carcerário do Estado de São Paulo e como reação a políticas de isolamento dos apenados após o violento massacre do Complexo Penitenciário do Carandiru, ocorrido em 1992. Para esta discussão, são trazidas as ideias de Foucault (1987) sobre como a excessiva punição pode ser prejudicial ao próprio estado; reflexões sobre o caráter excessivamente punitivo da legislação brasileira; questões identitárias a partir da ideias de Bauman (1998), Hall (2006); questões relativas às relações entre identidade de marginalização em Cuche (2002)  e Mayer (1985); dados sobre os sistema carcerário brasileiro; e breve histórico das circunstâncias do surgimento do PCC. Espera-se, com isso, evidenciar a forte conexão entre o rigor punitivo de um estado que fomenta a desigualdade social e a violência que se perpetua nessa mesma sociedade por conta disso.

Biografia do Autor

Bruno Romanelli Teixeira

Bacharel em Design pelo Centro Acadêmico Senac; Bacharel em Direito pela Universidade de Santo Amaro; Cursando Mestrado em Ciências Humanas pela Universidade de Santo Amaro.

Manoel Francisco Guaranha

Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP); professor do Programa de Mestrado em Ciências Humanas da Universidade Santo Amaro (UNISA); e professor da Faculdade de Tecnologia do Estado  de São Paulo (FATEC).

Referências

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Publicado

2021-09-02