DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA VENDA ONLINE DE PRODUTOS DE SUPERMERCADO NO MERCADO BRASILEIRO
Palavras-chave:
E-commerce, produtos de supermercado, venda online, mercado brasileiroResumo
Os primeiros estudos sobre a venda de produtos de supermercado pela internet são do começo do século quando observou-se o nascimento e a queda dos primeiros varejistas online desses produtos. Mas, apesar de ser um tema antigo e da venda de produtos de supermercado movimentar centenas de bilhões de reais anualmente no mercado brasileiro, estudos sobre a venda online desses produtos começaram a ganhar destaque em discussões acadêmicas apenas em anos recentes. Naturalmente, ainda são escassos os estudos capazes de refletir as mudanças de hábito dos consumidores e as inovações que aconteceram no mercado nos últimos anos. Assim, este artigo tem como objetivo identificar os desafios e oportunidades da venda online de produtos de supermercado no mercado brasileiro. Optou-se por uma pesquisa exploratória, qualitativa, com entrevistas em profundidade semiestruturadas. Ao todo foram entrevistados 19 especialistas com diferentes perspectivas sobre a venda online de produtos de supermercado no mercado brasileiro e, para avaliação do conteúdo das entrevistas, empregou-se técnicas de análise de conteúdo. Como resultado, este estudo reforçou que ainda ainda são enormes os desafios para a construção de um negócio viável nesse segmento. Destacam-se as complexidades logísticas, operacionais, tecnológicas e de controle de estoque, assim como os desafios para aquisição de consumidores e financeiros. Ademais, o estudo também identificou oportunidades que podem ser exploradas no mercado brasileiro, como a emergência de soluções mais amplas, a melhoria do nível de serviço e o atendimento de classes de menor poder aquisitivo.
Referências
Anckar, B., Walden, P., & Jelassi, T. (2002). Creating customer value in online grocery shopping. International Journal of Retail & Distribution Management, 30(4), 211–220. doi: 10.1108/09590550210423681.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo (L. A. Reto, trad., A. Pinheiro, trad.). 3ª reim-pressão, 1ª edição. São Paulo, SP: Edições 70.
Bensinger, G. (2015). Rebuilding History’s Biggest Dot-Com Bust. The Wall Street Journal. Recuperado em 20 de março, 2021, de https://www.wsj.com/articles/rebuilding-historys-biggest-dot-come-bust-1421111794.
Chizzotti, A. (2000). Pesquisa em ciências humanas e sociais. (4 ed.). São Paulo, SP: Cortez.
Ebit | Nielsen (2022). Webshoppers – 45 ed. Recuperado em 28 de julho, 2022, de https://www.ebit.com.br/webshoppers
Goethals, F., Leclercq-Vandelannoitte, A., & Tütüncü, Y. (2012). French consumers’ perceptions of the unattended delivery model for e-grocery retailing. Journal of Retailing and Consumer Services, 19(1), 133–139. doi: 10.1016/j.jretconser.2011.11.002.
Hui, T.-K., & Wan, D. (2009). Who are the online grocers? The Service Industries Jour-nal, 29(11), 1479–1489. doi: 10.1080/02642060902793334.
Kämäräinen, V., Småros, J., Holmström, J., & Jaakola, T. (2001). Cost-effectiveness in the e-grocery business. International Journal of Retail & Distribution Management, 29(1), 41–48. doi: 10.1108/09590550110366352.
Kamel, M.-A., Montgolfier, J. de, Caine, S., Ringer, J., & Puzio, S. (2020). How to Ramp Up Online Grocery—without Breaking the Bank. Bain Consulting. Recuperado em 5 de março, 2021, de https://www.bain.com/insights/how-to-ramp-up-online-grocery-without-breaking-the-bank/.
Kantar (2021). The world’s 2020 pandemic FMCG shopping habits. Recuperado em 14 de fevereiro, 2022, de https://www.kantar.com/uki/inspiration/fmcg/wp-the-worlds-2020-pandemic-fmcg-shopping-habits.
Lagorio, A., & Pinto, R. (2020). Food and grocery retail logistics issues: A systematic literature review. Research in Transportation Economics, 87, 100841. doi: 10.1016/j.retrec.2020.100841.
Marconi, M. de A., & Lakatos, E. M. (2018). Técnicas de pesquisa. 8 ed. 2ª reimpres-são. São Paulo, SP: Atlas.
Pernot, D. (2020). Internet shopping for Everyday Consumer Goods: An examination of the purchasing and travel practices of click and pickup outlet customers. Research in Transportation Economics, 100817. doi: 10.1016/j.retrec.2020.100817.
Ring, L. J., & Tigert, D. J. (2001). Viewpoint: the decline and fall of Internet grocery re-tailers. International Journal of Retail & Distribution Management, 29(6), 264–271. doi: 10.1108/09590550110393956.
Saskia, S., Mareï, N., & Blanquart, C. (2016). Innovations in e-grocery and Logistics Solutions for Cities. Transportation Research Procedia, 12, 825–835. doi: 10.1016/j.trpro.2016.02.035.
Srivastava, S. K., Chaudhuri, A., & Srivastava, R. K. (2015). Propagation of risks and their impact on performance in fresh food retail. The International Journal of Logistics Management, 26(3), 568–602. doi: 10.1108/IJLM-02-2014-0032.
Tanskanen, K., Yrjölä, H., & Holmström, J. (2002). The way to profitable Internet gro-cery retailing – six lessons learned. International Journal of Retail & Distribution Man-agement, 30(4), 169–178. doi: 10.1108/09590550210423645.
